Em 13 de dezembro de 1968, o Brasil mergulhou oficialmente na ditadura. O Ato Institucional nº 5 concentrou poderes absolutos no Executivo, fechou o Congresso, suspendeu direitos políticos e eliminou garantias fundamentais. Ao impedir o controle judicial e suspender o habeas corpus, o AI-5 institucionalizou a repressão, a censura e a violência de Estado. Nesta matéria especial, Relatos revisita os 57 anos do AI-5 e explica, de forma didática, o que define uma ditadura – e por que lembrar esse período é essencial para a defesa da democracia.
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Prometeram sanções globais e intervenção estrangeira. Juraram que o Imperador Laranja viria salvar o dia. Brandiram a Lei Magnitsky como espada sagrada e ameaçaram todo mundo. Chegaram a enxergar porta-aviões no Lago Paranoá. Mas o navio virou miragem. A boia foi recolhida. E o Exército de Brancaleone tropical ficou no barranco. Sem resgate. Sem plano. Só o eco das próprias bravatas e do delírio.
A política brasileira – e parte da política mundial – vive um sequestro silencioso. Extremistas, milícias e bilionários ocuparam o espaço deixado por partidos fracos. Nos EUA, o colapso dos filtros permitiu a ascensão de Trump. No Brasil, abriu caminho para Bolsonaro e para o crime organizado no Rio de Janeiro. Quando os guardiões abandonam o portão, a democracia entra em deriva. Eleições continuam existindo, mas perdem o sentido democrático. Este texto mostra como o sequestro ocorreu – e por que ainda pode piorar.
