Cinquenta anos após sua morte, Hannah Arendt permanece como uma das vozes mais agudas para compreender o século XX – e o nosso tempo. Judia alemã, intelectual brilhante, viveu amores controversos, como o romance com Heidegger, e amizades profundas, como a de Walter Benjamin. Fugiu da Alemanha nazista, foi internada em Gurs, atravessou a Espanha franquista e escapou pela última rota possível rumo aos EUA. Sua condição de apátrida e o suicídio de Benjamin marcaram sua obra para sempre. Autora de As Origens do Totalitarismo e da ideia da “banalidade do mal”, Arendt desafiou ortodoxias e recusou rótulos. Meio século depois, sua lucidez ainda ilumina a pergunta central de nosso tempo: como permanecer humano diante das forças que querem nos desumanizar?
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A derrubada dos vetos de Lula à lei ambiental pelo Congresso não é apenas um revés político: é uma derrota moral e civilizatória para o Brasil. Este texto analisa a diferença entre perder pelas coisas certas e vencer pelas erradas, dialogando com pensadores como Kant, Hannah Arendt e Michael Sandel. Mostra como a ciência, a ética pública e a filosofia convergem ao alertar para escolhas que comprometem o futuro em nome de vitórias imediatas. No contexto da emergência climática, a flexibilização ambiental aprovada é um retrocesso profundo. O Brasil perde sua chance de agir como guardião de si mesmo. E o texto se encerra com a reflexão de Darcy Ribeiro sobre os “fracassos vitoriosos” – um lembrete poderoso de que dignidade é, muitas vezes, a única vitória que realmente importa.
