Em 1979, a Lei da Anistia ajudou a abrir caminho para a redemocratização do Brasil, ainda que tenha perdoado até torturadores. Agora, em 2025, surge no Congresso uma proposta para anistiar os envolvidos na tentativa de golpe contra a democracia. As duas anistias não são comparáveis: • uma foi parte de um pacto de transição; • a outra é um projeto de regressão.
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Em 11 de setembro de 1973, a democracia chilena tombou sob tanques e fogo. Salvador Allende resistiu até o fim, mas a ordem de Nixon e Kissinger era clara: fazê-lo cair. Daí nasceu a DINA, polícia secreta de Pinochet, comandada por Manuel Contreras. Seu braço mais letal foi Michael Townley, americano convertido em assassino da ditadura. Bombas em Buenos Aires e Washington, tiros em Roma, venenos em Santiago – o terror não tinha fronteiras. Townley montou laboratório de gás sarin, comandou equipes de execução e relatou tudo em “Confissão e Acusação”.
Décadas depois, documentos revelam como o Chile transformou o assassinato em política de Estado. E como as sombras da intervenção estrangeira ainda rondam as democracias latino-americanas.
Em 30 de julho de 2025, os Estados Unidos impuseram sanções inéditas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, com base na Lei Magnitsky. No episódio, analisamos a gravidade dessa ação: a distorção de um instrumento legal criado para punir torturadores, agora usado contra um juiz de uma democracia. Revisitamos o histórico de interferência norte-americana no Brasil – da sombra do golpe de 1964 à agressão institucional de 2025 – e revelamos o papel de Eduardo Bolsonaro na articulação dessa retaliação internacional. Este episódio denuncia o ataque à soberania brasileira e à independência do Judiciário, e alerta para os riscos de um novo ciclo autoritário. Uma reflexão urgente sobre democracia, poder e soberania.
Donald Trump, em gesto autoritário, anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros como forma de pressionar o governo Lula e interferir no julgamento de Jair Bolsonaro, seu aliado político. A medida, claramente retaliatória, representa uma afronta à soberania do Brasil e aos princípios democráticos. Bolsonaro está sendo julgado dentro do devido processo legal, com amplo direito de defesa, por ter articulado uma tentativa de golpe após perder as eleições de 2022. A chantagem econômica promovida por Trump não pode ser tolerada. O Brasil é uma nação soberana e não aceitará tutela externa em seus assuntos internos. Como afirmou o presidente Lula: “O Brasil não aceitará tutela de ninguém.”
